A urologia é a especialidade que mais utiliza essa tecnologia no Brasil, principalmente para o tratamento do câncer de próstata, um órgão que fica “escondido” na pelve, num espaço limitado e de difícil acesso, o que ao longo de anos representou dificuldade técnica acentuada para realização de cirurgias convencionais (abertas) ou por laparoscopia. Contudo, o uso do robô vem sendo estendido a cada dia para diversas áreas, como Ginecologia, Coloproctologia, Cirurgia Torácica e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Nos Estados Unidos por exemplo, a Ginecologia é a especialidade que lidera o número de Cirurgias Robóticas, servindo para o tratamento de endometriose complexa, cânceres de útero, ovário e até mesmo miomas uterinos.
Voltando na urologia, a Cirurgia Robótica pode ainda ser utilizada para o tratamento de tumores renais (nefrectomias parciais ou radicais), tumores de Adrenal (Adrenalectomia), tumores da bexiga (cistectomias) e até mesmo mal formações congênitas (pieloplastia). A rigor, toda cirurgia feita por videolaparoscopica pode ser feita com o auxílio do robô, com mais precisão, melhor visão é mais conforto para o cirúrgico durante o ato cirúrgico.
Antigamente, quando no período da formação acadêmica, os cirurgiões aprendiam o jargão que “grandes cirurgiões, grandes incisões”. Esse conceito caiu por terra com o avanço da cirurgia minimamente invasiva, onde grandes cirurgias são realizadas através de incisões cada vez menores. Desta forma, a Cirurgia Robótica permite uma recuperação mais rápida e se associa a menores taxas de sangramento. Além disso, por eliminar o tremor essencial, próprio de todos os seres humanos, ela é uma modalidade cirúrgica mais precisa e prolonga a vida útil dos cirurgiões.