A ênfase da campanha está na detecção precoce da doença

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia aconselha que pessoas sem sintomas façam uma colonoscopia a partir dos 45 anos como medida preventiva.

O índice de incidência do câncer colorretal vem crescendo no Brasil, conforme indicam estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estima-se que entre 2023 e 2025, cerca de 45.630 novos casos serão identificados anualmente, distribuídos entre 21.970 homens e 23.660 mulheres.

Segundo o coloproctologista Ramon Mendes, o aumento nos diagnósticos se deve à identificação mais ágil da doença, resultado de consultas e exames mais regulares. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia sugere que a colonoscopia seja feita a partir dos 45 anos para rastrear e prevenir a doença, mesmo em pacientes sem sintomas. Caso haja sintomas antes desta idade, o exame deve ser feito imediatamente.

“A detecção e tratamento precoces aumentam significativamente as chances de cura”, afirma o médico.

Sintomas e fatores de risco

É crucial procurar um médico especializado ao primeiro sinal do câncer colorretal, mesmo que muitas vezes possa ser assintomático. Sintomas típicos incluem alterações no hábito intestinal como diarreia ou constipação, sangue visível nas fezes, sensação de não evacuação completa, dores abdominais tipo cólica, distensão abdominal, cansaço, perda de peso sem causa aparente e a detecção de uma massa no abdômen. Exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e biópsias são cruciais para a confirmação diagnóstica.

Conforme a coloproctologista Meyline Lima, os fatores de risco mais relevantes incluem alto consumo de alimentos processados e pobres em fibras, consumo excessivo de carnes vermelhas, gorduras e álcool, tabagismo, falta de atividade física, obesidade, histórico pessoal ou familiar de câncer colorretal e idade superior a 45 anos.