Nefrectomia parcial, uma cirurgia para retirada de tumores renais

Conversamos com Dr. Nilo Jorge sobre nefrectomia parcial, uma cirurgia realizada para retirada de tumores renais, preservando-se o restante do rim que se encontra saudável. Dr. Nilo Jorge conta em nossa entrevista como essa cirurgia é realizada, quais casos ela é indicada, o tempo de duração, o tempo de recuperação, seus riscos, seus benefícios, se corre algum risco de fazer hemodiálise após a cirurgia e quando se deve escolher a via aberta, laparoscópica ou robótica.

Como é realizada a cirurgia de Nefrectomia Parcial?

A nefrectomia parcial pode ser realizada por via convencional (cirurgia aberta) ou minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica). A escolha de qual técnica utilizar vai depender do tamanho do tumor renal, da sua localização e da experiência do cirurgião com a técnica escolhida.
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Para remoção do tumor o fluxo sanguíneo ao rim é cortado, idealmente por no máximo 25 minutos. Esse tempo deve ser o suficiente para remoção total do tumor e síntese (costura) da ferida renal que existe após a retirada do tumor.

Para quais casos é indicada?

Classicamente a cirurgia está indicada para tumores de até 4 cm de diâmetro. Contudo, para cirurgiões experientes e bem treinados, a depender da localização do tumor. Tumores maiores podem ser tratados por nefrectomia parcial.

Quanto tempo dura em média a nefrectomia parcial laparoscópica?

O tempo do ato cirúrgico depende de muitas variáveis, mas em geral leva de 1 a 2 horas de duração.

Qual o tempo de recuperação? E quais cuidados devem ser tomados?

Para cirurgias minimamente invasivas (laparoscópica e robótica) a recuperação é muito rápida. O paciente recebe alta hospitalar de 24 a 48 horas após o procedimento e é liberado para caminhar e se alimentar desde o pós-operatório imediato. Atividade físicas como academia e corrida, estão liberadas a partir do 30 PO quando a cirurgia for laparoscópica ou robótica.

Quais são os riscos e os benefícios de uma nefrectomia parcial?

O benefício reside no fato de se tratar um tumor (na maioria das vezes maligno), obter-se a cura e ainda preservar boa parte do rim. Os riscos principais são: sangramento, fistula urinária e recidiva do tumor. Vale ressaltar que a taxa global dessas complicações varia de acordo com o caso, mas em geral é inferior a 3%.

O paciente, após a cirurgia de nefrectomia parcial, corre o risco de fazer hemodiálise?

Um dos objetivos de se tirar parcialmente o rim e não o rim inteiro, é reduzir esse risco. Teoricamente, tendo-se um rim normal e preservando-se parte do rim que estava doente, esse risco é reduzido consideravelmente.

Em um cenário ideal, quando devo escolher a via aberta, laparoscópica ou robótica?

A via de acesso sempre irá depender da experiência do cirurgião. O mais importante é realizar um ato cirúrgico com segurança. Contudo, já é consenso que as vias laparoscópica e robótica, claramente se associam a menores taxas de sangramento, menos dor e recuperação muito mais rápida. De maneira geral a nefrectomia parcial aberta só é utilizada em casos muito complexos, em pacientes com múltiplas cirurgias prévias e grandes massas tumorais endofídicas, mas entendo que em mais experientes, as vias de acesso minimamente invasivas devem sempre ser tentadas. O fator limitante da cirurgia robótica ainda é o custo e a falta dessa ferramenta de trabalho em muitas cidades do Brasil, como é o caso de Salvador. Eu, particularmente, guardo a indicação da via robótica para casos muito complexos de tumores posteriores e em polo superior, onde o robô com a visão 3D pode proporcionar teoricamente maior facilidade para realização da cirurgia. Contudo, é importante salientar, que a nefrectomia parcial laparoscópica realizada por um urologista bem treinado, possui resultados excelentes e ainda é considera o padrão ouro em muitos centros.

Fonte: http://uroclinicadabahia.com/nefrectomia-parcial/